Saiba quem é o empresário do ramo de armas e munições suspeito de sonegar R$ 14 milhões em impostos na Bahia
02/12/2025
(Foto: Reprodução) Empresário do ramo de armas e munições é suspeito de sonegar R$ 14 milhões em impostos na Bahia
Reprodução/Redes Sociais
O empresário preso nesta terça-feira (2), por suspeita de sonegação de mais de R$ 14 milhões em impostos aos cofres estaduais por empresários do setor de comércio varejista de armas e munição foi identificado como Alex Alves Lima, de 46 anos. Ele foi encontrado na cidade de Feira de Santana, a 100 km de Salvador, durante a "Operação Fogo Cruzado".
Alex Alves Lima é um dos donos da 1991 Clube de Tiro, que tem unidades em Feira de Santana, Salvador, Irecê, Coração de Maria e Ipirá. Nas redes sociais, a empresa se define como o "Maior centro de treinamento da América Latina".
Já o suspeito preso se identifica nas redes sociais como "empresário" e "instrutor de tiro". Alex Alves Lima também costuma publicar fotos com diversos tipos de armamentos, além de viagens para Itália, Argentina, Tailândia e Rio de Janeiro.
Empresário do ramo de armas e munições é suspeito de sonegar R$ 14 milhões em impostos na Bahia
Reprodução/Redes Sociais
O empresário foi apontado como chefe do grupo criminoso. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos deixavam de recolher Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) declarado aos cofres públicos no prazo legal e de forma continuada e se valiam de diversas manobras para sonegar o tributo, a exemplo da sucessão empresarial fraudulenta e interposição fictícia de sócios e administradores.
As investigações da Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e da Polícia Civil, identificaram a constituição fraudulenta de empresas vinculadas entre si, mediante “laranjas”, com a intenção de esconder o real proprietário e adiar o pagamento do imposto devido (ICMS) por tempo indeterminado, sem qualquer intenção de saldá-lo.
Em contato com a TV Subaé, afiliada da TV Bahia, o advogado de Alex Alves, Hércules Oliveira, disse que vai se aprofundar sobre as investigações.
"Apreenderam documentos, alguns elementos que nós tivemos acesso, mas nada que venha a tirar do ponto específico sobre aquilo que é o comércio que ele faz, que é o comércio de venda de armas, munições e de fardamentos, algo que é público e notório. Então, o que foi aprendido é relativo a essas questões. Sobre a imputação principal, nós vamos nos aprofundar mais no tema".
Empresário do setor de armas é preso
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A força-tarefa investiga, ainda, a associação criminosa e estruturação de um esquema de lavagem de dinheiro da atividade ilícita através do comércio de joias, como atividade correlata a atividade delitiva.
Além da prisão de Alex Alves Lima, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador, Feira de Santana, Irecê, Jussara e Coração de Maria.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos nove armas de fogo, centenas de munições de diversos calibres, uma granada, celulares, documentos, dispositivos eletrônicos e aproximadamente R$ 40 mil em cédulas. Todo o material será periciado.
A polícia informou que também foi efetivado o bloqueio de bens equivalente ao valor sonegado.
Material apreendido pela polícia
Polícia Civil
Intensificação de ações
Empresário que vende armas e munições é preso de sonegar R$ 14 milhões em impostos na Bahia
Polícia Civil
A Polícia Civil informou que uma força-tarefa intensificou as ações para combater fraudes tributárias e a prática de declarar o débito de ICMS e não repassar o imposto à Fazenda, de forma contumaz, o que configura crime contra a ordem tributária, e que muitas vezes serve apenas para dissimular fraudes ainda mais graves.
De acordo com a polícia, estas práticas criminosas causam graves danos à coletividade, especialmente considerando que o imposto foi efetivamente pago pelos consumidores e não repassado aos cofres públicos, resultando em perda de receitas necessárias às políticas públicas e serviços públicos essenciais para a população.
A força-tarefa de combate à sonegação fiscal é composta pelo Grupo Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf) do MP-BA, Inspetoria Fazendária de Inteligência e Pesquisa (Infip) da Sefaz e pelo Núcleo Especializado no combate aos Crimes Econômicos e contra a Ordem Tributária (Necot/Draco), da Polícia Civil da Bahia.
A polícia informou que investigações continuam para responsabilizar todos os envolvidos no esquema.
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